O balão gástrico é um dos tratamentos não cirúrgicos mais procurados atualmente para quem deseja perder peso com acompanhamento médico e controle nutricional.
Mas junto com o interesse, surgem muitas dúvidas — e uma delas é recorrente nos consultórios: “Doutor, e se o balão estourar dentro do meu estômago?”
A ideia de que o balão pode estourar costuma gerar medo, mas está mais relacionada a mitos e falta de informação do que à realidade do procedimento.
Neste post, vamos esclarecer os principais pontos sobre esse tema e trazer as informações que realmente importam.
Entenda como funciona o balão gástrico
O balão gástrico é um dispositivo temporário, feito de silicone, que é introduzido no estômago por meio de um procedimento endoscópico simples e sem cortes.
Uma vez posicionado, ele é preenchido com soro fisiológico e uma pequena quantidade de corante azul, ocupando parte do estômago e promovendo uma sensação precoce de saciedade.
Esse volume reduz a quantidade de alimento necessária para que o paciente se sinta satisfeito, facilitando o processo de reeducação alimentar.
O tempo de permanência do balão varia conforme o modelo utilizado (normalmente de 6 a 12 meses), e durante esse período o paciente é acompanhado por uma equipe multiprofissional.
A ideia de que o balão estoura é um mito?
Na maioria dos casos, sim. O termo “estourar” sugere uma explosão, algo abrupto e perigoso — o que não condiz com o funcionamento real do dispositivo.
Os balões são feitos com material altamente resistente, desenvolvido justamente para suportar o ambiente ácido do estômago e os movimentos naturais da digestão.
O que pode acontecer, embora seja raro, é um esvaziamento espontâneo, quando o balão começa a perder líquido por alguma microfissura.
Mesmo nessa situação, ele não “estoura” no sentido literal da palavra. E o mais importante: há mecanismos de segurança para identificar esse esvaziamento rapidamente, como explicaremos adiante.
Como saber se o balão está com vazamento?
Durante o procedimento de colocação, o balão é preenchido com uma mistura de soro fisiológico e um corante chamado azul de metileno.
Esse corante serve exatamente como um sinal de alerta: caso haja vazamento, ele é absorvido e eliminado pela urina, que fica azulada ou esverdeada.
Se o paciente perceber essa alteração na cor da urina, deve comunicar a equipe médica imediatamente.
Com essa identificação precoce, o balão pode ser removido de forma segura, por endoscopia.
Mitos comuns sobre o balão gástrico
Vários mitos circulam sobre o uso do balão gástrico. Vamos desmistificar os mais frequentes:
- “O balão estoura com alimentos quentes”: Não existe nenhuma restrição relacionada à temperatura dos alimentos.
- “Se fizer atividade física, ele pode estourar”: Pelo contrário, exercícios são incentivados no tratamento.
- “Se o balão estourar, vai parar no intestino e causar obstrução”: O balão colapsa lentamente e é removido com segurança se necessário.
Essas ideias incorretas geram insegurança desnecessária e reforçam a importância da informação médica qualificada.
O que acontece se o balão esvaziar?
Caso o balão esvazie parcialmente ou totalmente, o paciente será orientado a retirá-lo por endoscopia.
O procedimento é o mesmo utilizado na colocação e dura poucos minutos, com sedação leve.
Na prática, o esvaziamento não representa um risco imediato à saúde, especialmente quando identificado precocemente por meio da coloração da urina.
O importante é estar atento e manter o acompanhamento regular com a equipe médica.
A importância do acompanhamento profissional
A maior parte dos medos relacionados ao balão gástrico surge da desinformação ou da ausência de acompanhamento especializado.
Quando o procedimento é feito com indicação correta, em ambiente adequado e com uma equipe experiente, o risco de complicações é extremamente baixo.
O acompanhamento durante todo o período em que o balão permanece no organismo é essencial para garantir:
- Monitoramento da adaptação do paciente;
- Avaliação nutricional e comportamental contínua;
- Intervenção rápida em caso de qualquer sinal de alerta.
Além disso, o apoio de um cirurgião especializado como o Dr. João Felício garante que todas as dúvidas do paciente sejam tratadas com responsabilidade e clareza, desde a primeira consulta.
Informação é o melhor caminho
Sim, é normal ter receios quando se está considerando um procedimento médico — ainda mais um que envolve o sistema digestivo.
Mas é importante buscar respostas baseadas em ciência, não em boatos.
O balão gástrico é uma ferramenta segura, temporária e eficaz para a perda de peso, quando bem indicada.
Não “estoura” como muitos imaginam, e os riscos de esvaziamento são mínimos — especialmente quando há acompanhamento próximo.
Se essa dúvida já passou pela sua cabeça, agora você tem a resposta técnica e precisa para tomar uma decisão com mais confiança.
Quer conhecer mais sobre os tratamentos para Obesidade, realizados pelo Dr. João Henrique Felício? Acesse aqui, o perfil do Instagram e fique por dentro de vários assuntos e conteúdos importantes.
Você pode agendar sua consulta com o Dr. João, direto pelo Whatsapp. Clique aqui!
