Muitas pessoas convivem diariamente com a frustração de tentar de tudo para emagrecer sem sucesso duradouro.
Jejum intermitente, dietas radicais, planos alimentares da moda, medicamentos comprados pela internet. A luta é constante — e ainda assim, os resultados não chegam.
É comum que, diante disso, surja uma dúvida legítima: será que a cirurgia bariátrica é para mim?
Essa é uma pergunta que precisa ser respondida com seriedade, embasamento médico e respeito à trajetória de cada pessoa.
A decisão de operar não deve ser tomada por impulso, mas também não pode ser adiada indefinidamente por medo ou desinformação.
Quando os esforços não são suficientes
A maioria das pessoas que procura a cirurgia bariátrica já tentou inúmeras estratégias para emagrecer.
Talvez você já tenha feito dieta da lua, da proteína, do suco detox. Talvez até tenha tido acompanhamento nutricional ou testado algum medicamento prescrito.
Mesmo assim, o peso voltou — ou sequer foi perdido de forma significativa.
E ainda por cima, enfrenta julgamentos externos. Comentários como “é só fechar a boca” ou “falta força de vontade” só pioram o cenário.
Eles ignoram o fato de que a obesidade é uma doença crônica, multifatorial, e que muitas vezes não responde apenas à força de vontade.
Obesidade é doença — e exige tratamento sério
A obesidade é uma condição complexa, que envolve genética, metabolismo, fatores emocionais, hormonais e comportamentais.
Ela aumenta significativamente o risco de doenças graves como diabetes tipo 2, hipertensão, apneia do sono e problemas osteoarticulares.
Mais do que uma questão estética, a obesidade compromete a qualidade de vida, a autoestima e a saúde física e mental.
Por isso, ela precisa ser tratada com acompanhamento médico, abordagem multidisciplinar e, em alguns casos, com a cirurgia bariátrica.
Entendendo quando a cirurgia bariátrica é indicada
A cirurgia bariátrica não é um recurso estético e nem uma solução imediata para o emagrecimento.
Ela é uma ferramenta terapêutica indicada em situações específicas, de acordo com critérios bem estabelecidos.
De forma geral, a indicação acontece quando o paciente apresenta:
- IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 40, independentemente da presença de doenças associadas;
- IMC acima de 35 com comorbidades associadas, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, apneia do sono, artroses, problemas ortopédicos e outras doenças crônicas agravadas pelo excesso de peso.
O cálculo do IMC é simples: divide-se o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros).
Por exemplo: uma pessoa com 120 kg e 1,65 m tem um IMC de aproximadamente 44, o que já se encaixa nos critérios de indicação.
A cirurgia é segura?
Apesar do receio que ainda cerca o tema, a cirurgia bariátrica é um procedimento seguro, com décadas de comprovação científica.
As técnicas atuais são minimamente invasivas, reguladas por órgãos como a ANVISA e o Ministério da Saúde, e cobertas por planos de saúde.
Ela é realizada com o apoio de uma equipe experiente, em hospitais com estrutura adequada e protocolos rigorosos de segurança.
Estudos mostram que o risco da cirurgia é muito menor do que os riscos das doenças associadas à obesidade quando não tratadas.
A cirurgia não faz tudo sozinha
É fundamental entender que a cirurgia bariátrica não é um milagre. Ela é um ponto de virada, mas exige compromisso contínuo com o autocuidado.
Para alcançar bons resultados, o paciente precisa se comprometer com um plano de acompanhamento que inclui:
- Reeducação alimentar com nutricionista;
- Apoio psicológico para lidar com mudanças de comportamento e imagem corporal;
- Atividades físicas regulares;
- Consultas periódicas com a equipe médica.
Esse cuidado contínuo é o que garante não apenas a perda de peso, mas a manutenção dos resultados e a melhora da saúde a longo prazo.
Transformações que vão além da balança
Pacientes que realizam a cirurgia bariátrica e seguem as orientações corretamente costumam relatar mudanças profundas na vida cotidiana.
Coisas simples voltam a ser possíveis — cruzar as pernas, subir escadas sem falta de ar, amarrar os sapatos com facilidade.
Muitos deixam de usar medicações para hipertensão ou conseguem controlar o diabetes sem insulina.
Casos de dores articulares melhoram a ponto de evitar cirurgias ortopédicas, como colocação de próteses de joelho ou coluna.
Além disso, há ganhos emocionais: mais energia, mais autoestima, mais qualidade de vida.
Reflita com responsabilidade
A decisão de realizar uma cirurgia bariátrica é séria e precisa ser tomada com acompanhamento profissional.
Não é uma solução para quem busca atalhos, mas uma estratégia para quem precisa de ajuda médica real para tratar uma condição que já ultrapassou os limites do controle individual.
Se você se identificou com essa realidade, vale a pena buscar uma avaliação com um especialista de confiança, como o Dr. João Felício.
Em consulta, é possível analisar seu histórico, exames e perfil clínico para entender se esse caminho é adequado para você.
A resposta para a pergunta “será que a bariátrica é para mim?” pode não ser simples — mas ela começa com informação de qualidade e com o primeiro passo rumo ao cuidado com sua saúde.
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